terça-feira, setembro 23, 2008

Descobrindo você em mim...




Fiquei me perguntando da mesma forma que todos perguntam como pode 10 anos carregar a intensidade de 20?
Estava tentando entender, com meus botões, afundada nos travesseiros, como fazemos dar certo?
Ah, puxa, eu era uma garotinha mimada como você costumava dizer, que ainda brincava de Barbie, e usava aquele batom desastroso.
Ainda hoje, me peguei rindo sozinha feita uma bobalhona, mas sabe o que é, você veio com o pacote completo, eu é que tenho defeito de fabricação!
Santo Deus, como você faz isso? Como é que consegue paralisar meus sentidos desse jeito? Não tinha que ser eu que lançaria o feitiço?
Afinal, eu é que sei mexer o nariz!
Eu gosto até do seu mau humor, irritantemente isso fascina.
Você acordando é um charme, com sono uma gracinha.
Preciso parar de pensar em você, senão terá que me aturar pelos próximos 50 anos.
O jeito como você levanta a sobrancelha é uma coisa!
Indo ou vindo, você me tira o fôlego.
Faz favor de parar, você é um absurdo!
Me chama a atenção no meio de qualquer multidão.
Até mesmo quando eu emburro, não quero conversa, faço bico, fecho a cara, balanço os pés em sinal de protesto, você tem esse dom de acalmar minha agitação, consegue me dobrar ao meio, e faz com que eu me desmanche toda.
Você é assim, uma coisa viciante, um delírio constante.
Quando chega traz euforia, quando vai deixa gostinho de quero mais.
Se a gente combina?
Quem foi que disse que precisa combinar para dar certo?
Combinar demais perde a graça, fica insosso, inodoro, incolor, indolor, pouco estimulante.
Eu prefiro o “se completar”, o que tem de sobra em mim completa o que falta você, o que carece em mim recebo de você.
E daí? O que isso importa?
Faz aquela carinha de pidão, me deixa mole de paixão, que eu deixo você roubar meu coração, mas tenho a sensação que já se apoderou disso e muito mais.
Sabe aquele lance de você dançar, desajeitado e sem proporção de espaço?
Eu gosto disso também. Aquele jeito de desentendido para conquistar minha aprovação, sempre funciona não é mesmo, como você faz isso?
Esse negócio de se apaixonar fica cada dia mais interessante, eu adoro
essa brincadeira de se gostar.
Essa cara de abobada é exclusiva para você.
Até naqueles dias mais tediosos e sem graça você me arranca suspiros.
Eu estou é mal acostumada, amor demais engorda, me ajuda a manter a forma,
E você diz que sou linda de qualquer maneira, mas é porque não sabe que você é maravilhoso até dos avessos.
Eu penso até que você é cego, por me enxergar de um jeito único, surdo por me ouvir demasiado sem se aborrecer, e dissimulado por me fazer enlouquecer.
Tá bom, eu que sou a chata dessa relação, a complicada e temperamental, quando faço o papel de mãe, me afundo nos livros, vejo filmes melosos, sou um porre contrariada, desmonto vitrines das lojas e faço você carregar os pacotes, com a mania de organização ou controlando a situação, minhas críticas são duras, consigo ser implacável, sempre quero ter razão e até hesito em tirar os pés do chão.
O que compete a você é a melhor parte, quando dou por mim, você dominou geral,
discretamente me puxa as orelhas, me pega no colo, rodopia meus sentidos e me faz viajar.
Sabe como conquistar e quando recuar.
Arranca as mais escandalosas gargalhadas, e se não tem graça, você ri das minhas risadas, no final das contas, nem sabemos porque estamos comemorando, tudo vira de repente assim uma festa!
Como você sabe ser rabugento, adoro esse tom de voz ameaçador que logo se transforma em doçura pura.
Você não corre da chuva, quando vê água parece criança, você é o meu “Beixe-Poi”.
Somos uma dupla e tanto, um mais atrapalhado e desastrado que o outro, fica impossível competir conosco.
Na cozinha somos uma comédia, no supermercado uma gozação, derrubamos mais coisas fora das prateleiras do que no carrinho.
Você é o “Panda” que eu sempre quis de presente, me protege do frio e me defende dos predadores, tem aquela idéia fixa que tanto acho espirituoso de que não aprendi a me defender.
Descobriu uma fórmula de ler meus pensamentos, e a forma como termina as minhas frases me deixa com aquele gostinho de “ser especial” e encabulada.
Um dia com certeza ganhará o troféu de mais paciente de todos os seres, consegue a difícil façanha de driblar todas as minhas TPM’s e esperar eu me arrumar.
Me irrita, me tira do sério, faz cócegas nos meus pés, desmancha meus cabelos, aperta meu nariz, imita meus chiliques, diverte-se com minhas neuras, eu juro que deixo, só para depois poder ver aquela cara que você sempre faz.
Se esconde embaixo das almofadas, e me olha daquela forma que me vira de cabeça para baixo.
Você é tão delicioso que ás vezes dá vontade de arrancar um pedaço!
Não sei direito quanto de você cabe em mim, isso até me surpreende, porque cada vez mais quero sentir você, cheirar você, comer você, beber você, engolir você, para poder respirar você.
Ainda que esteja desarrumado, você consegue ser o homem mais lindo do meu mundo.
E nós somos isso, o conjunto efeito do momento, os opostos que deram certo, o tsunami que inunda tudo e você a calmaria que se instala.
Essa voz rouca e pouco amistosa aciona meu botão principal, que frio na barriga que dá.
Os absurdos que só nós sabemos falar, essa imaginação tão fértil que brota de nossas mentes insanas.
Sou o fogo que arde de tanto que sei ser geniosa e você aquela água que vem trazer a serenidade. E nessa gangorra de personalidade, descobrimos como manter o equilíbrio, estabilizar os pesos dessa balança tornou-se um desafio satisfatório, essa troca é o ápice de tudo isso.
Isso é porque você me faz feliz, muito além do que sempre quis, acima do que imaginei.
Mesmo quando as cores somem e fica tudo meio cinza, você vem pintar meus dias com a tonalidade da sua alegria.
Pode me levar para onde quiser, de olhos fechados eu aprendi a te amar, se tropeçar, me segure pela cintura, para eu ter a certeza que vale a pena continuar.
Eu só sei que nada sei, afinal, venho descobrindo pouco a pouco, e algumas vezes me pego buscando você nos lugares mais longínquos, minha cabeça pirou, meu coração até se rendeu, me fez perder aquele medo de antes, já posso até baixar a guarda, eu descubro você todos os dias em cada pedacinho do meu ser.
Podemos fazer de conta que começamos agora, a emoção tá fresquinha, a magia ainda nos faz companhia.
Agora olha para ver o quanto de você está em mim e quanto de mim há em você.
Ai, eu percebo, que o tempo passou e de garota mimada tornei-me mulher mal acostumada, quero mais e mais, sempre é bom ter overdose de você.
Pensem o que cada um quiser, nós fazemos a coisa funcionar.
E quando perguntarem qual é o segredo da felicidade, vamos dizer que o segredo é que não há segredo, não se preocupar em dar certo, deixar fluir naturalmente, cultivar a paixão todos os momentos do dia, e se embriagar de amor no final da noite.



;)

quarta-feira, setembro 17, 2008

Um dia para não se lembrar ...




Piii pi pi piiiiiiiiiiiiiiiii......
Eu abro os olhos e o despertador esgoelando!!!
Ai céus! Que noite foi essa?
Não preguei os olhos, me revirei de todos os lados, até o lençol fugiu da cama,
os travesseiros espalhados pelo chão, descreviam meu sofrimento.
Levantei foi dos avessos, com o humor amarrotado.
Hoje vai ser um dia daqueles!
As olheiras denunciam o tamanho do meu desespero.
O chuveiro queimou, e as torradas foram pelo mesmo caminho.
Quebrei o vidro do meu perfume favorito, e ainda prendi o dedo na gaveta do armário na tentativa de segurar a xícara que se espatifou no chão.
Pisei na pata do meu cachorro, meu bom dia saia com sonoridade amarga para quem ouvia.
O carro não pegava, afff! Atrasada!
Tô irritada, mau humorada, stressada, chateada, acabada, exaltada.
Tô com o pé quebrado, dolorida, desapontada e com a cabeça estourando...
Meu bolo abaixou, o suflê desandou, quebrei a última unha que estava inteira.
O dia foi um tormento de proporções desastrosas.
Acho que fiquei daltônica.
O telefone não parou de tocar, acabou a bateria do meu celular!
Ai, quero sumir!
Ninguém me dirija a palavra, erra a minha direção, por favor, porque hoje não respondo por mim.
Distribui grosserias, fui desatenta e rabugenta.
Preciso de uma trégua, e não sei pra que lado correr.
Como se as paredes me espremessem ao meio, falta ar aqui, falta o meu chão.
Estou insuportável e afastando o menor sinal de vida que ouse se aproximar da minha pessoa.
Arghhhhh........
Preciso de um banho, de achar uma posição cômoda para ficar, já que meu pé resolveu dar sinal de existência durante ás 24 horas do dia. Que dor, quero morrer!
Estou no inferno astral, não talvez seja apenas um dia atípico e vai passar.
Que ironia, dediquei todas as horas do meu dia a reclamar e meu fígado produziu bile com auto teor de fel além do habitual, cuspi marimbondos para todos os lados.
Em recompensa pelo meu “exemplar comportamento e estado de espírito”, minha mãe me deu uma blusa de presente com um doce sorriso nos lábios, meu namorado me trouxe chocolate e disse o quanto me amava, meu pai me fez suco de laranja me afagando a cabeça e ajeitando o travesseiro no meu pé, meu irmão colocou no meu programa favorito, minha amiga mandou mensagem dizendo que estava com saudades e meu cachorro pulou em meu colo com carinha de pidão.
Eu preciso descansar, quero dormir, não vejo a hora desse dia se esgotar.
23:37 – quando achei que mais nada me aconteceria, quebro mais um copo para completar o meu dia, acho que isso finda essa nuvem carregada, meu estômago se revira como se estivesse em protesto.
Balanço do dia: Fui egoísta, magoei pessoas, estúpida e impaciente com quem pude ser, confundi sinceridade com falta de educação, extrapolei.
Contaminada de pensamentos nenhum pouco estimulantes, energias desagradáveis.
Não me orgulho nada disso.
Apenas sou “Humana, demasiada humana!” (como se isso me servisse de consolo).
Vou para a cama o mais rápido possível, antes que profira mais absurdos e indelicadezas, me sinto culpada demais para argumentar e consertar as coisas hoje, fiz o papel na medida da própria “Cruela cruel”.
Então já chega, vou colocar essa “monstra” para dormir e despertar quem eu gosto de ser. Eu sai um pouco fora dos trilhos e amanhã será outro dia!


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quarta-feira, setembro 03, 2008

Minha Caixa de Pandora





Em um determinado momento em nossas vidas, chega o grande “dia” de abrir a Caixa de Pandora.
O instante inadiável de nos confrontarmos com nós mesmo.
Como no mito grego, todos os tesouros da humanidade reunidos e guardados secretamente, a “nossa caixa de Pandora” não foge o tema.
Aqui moram os afetos e desafetos de uma jornada toda, anseios, medos, demônios e anjos, fantasias e fantasmas, sonhos e frustrações, o lado escuro e misterioso que mora em cada um.
Não tem volta, se abrir, não há retrocesso, é um caminho sem volta.
Estar diante da própria essência é assustador, ao primeiro virar da chave,
Piscar de olhos todo o universo que conhecíamos até então passa a ter outro sentido.
Ao mesmo tempo, que revelar-se seja um alívio também é um tormento, porque nunca sabemos o que irá ser encontrado, nem qual será o próximo passo.
A compreensão do que não conhecemos pode até ser uma afronta e limitado.
O mais engraçado disso tudo, desse processo de “auto-decifrar” é que mais parece um vai-e-vem que não me remete a lugar algum, não consegui me entender, menos ainda me encontrar, agucei minhas assombrações e não consigo lidar com elas.
Fiquei foi envenenada de conceitos e agraciada de possibilidades, inutilidade divagando
no silêncio da minha alma, todas as luzes apagadas.
Mas, eu tenho medo do escuro, e essa calmaria me alucina.
Acho que não foi boa escolha, mas quais foram as escolhas?
Algumas nem foram conscientes e até involuntárias.
Pago por elas? Me culpo por elas?
Convivo com elas...
O vazio que habita meu próprio abismo é a escada que me leva a novas escolhas.
Mas é o que invariavelmente sinto nessa ocasião, não suporto o fator dúvida,
Nem me dou bem com essa conspiração de sentimentos, nunca fui boa em avaliações,
sempre me perco no meio do caminho, pior é que muitas vezes a teimosia me alcança, e feito criança mimada, quero soltar das mãos e tentar sozinha, acho que sempre vou dar conta do recado e de todo o resto, mas é que de vez em quando eu também me procuro e a tarefa de retomar ao ponto de partida é apenas minha.
Pode ser uma grande perda de tempo, então eu me rendo, essa que mora dentro de mim é mais obstinada do que eu pretendia ser, e se eu me afasto, ela torna me empurrar.
Uma odisséia homérica essa que veio me encontrar, e o pouco de lucidez que me resta me manda calar a boca!
Caixa fechada, já vi o bastante, esmiucei demais, os próximos capítulos pretendo descobrir ao acaso.


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terça-feira, setembro 02, 2008

Você sabe rezar????





Problemas com a telefonia, banda larga, tv à cabo, suprimentos para emagrecer, cartões de créditos, boletos bancários?
Quer reclamar?
Foi feito de palhaço, calma, fica relax, você não é o único.
Xi, a coisa tá feia e já vou avisando, é melhor que prepare os ânimos, porque vem chumbo grosso. Será que o Procon, Codecom, resolvem?
Ou será as atendentes tão bem preparadas do tele marketing?
Socorro, porque o bicho tá pegando!
Se estiver disposto a desgastes, stress e leve surtos que passam por horas intermináveis de negociações sem nenhuma resolução sequer aparente, é melhor sentar e esperar, ou quem sabe deitar.
Dores de cabeça? Que isso, anime-se é só o começo!
Acessos de raiva, fúria, incompreensão? Tornaram-se frequentes...
Perde tempo debatendo-se em tamanha falta de consideração, esperando por soluções que se arrastam nas filas de espera.
Talvez algum dia alguém resolva seus problemas, mas agora acho um tanto ilusório.
Não querendo lhe assustar e fazer uso do pessimismo, apenas usando o bom senso, vamos cair na real, essa realidade que tanta bagunça vem fazendo em todos e possíveis setores que nos cercam como cidadãos, já virou motivo de piadas.
Tão banalizada quanto a desordem aérea, ou a epidemia da dengue e da febre amarela, há tem também os superfaturamento de alguns senhores de cima, havia me esquecido desses detalhes, talvez porque a lista seja extensa demais.
Você paga impostos? Cumpre suas obrigações, é correto e digno de respeito?
Acho que essa palavrinha está meio obsoleta dos vocábulos atuais.
E quantas brigas, até desistiu de fazer reivindicações não foi?
Seja bem vindo então, a nova era que entramos, o caos resolveu mudar para cá de malas e cuia.
E o pior é ter que olhar estáticos as facetas que nossos excelentíssimos governantes nos presenteiam cotidianamente.
Um conselho. Se apegue a todos os santos, porque toda ajuda divina é bem vinda, Já que a dos meros mortais que regem o poder esta um pouco difícil de sair ultimamente.
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