quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Um vício chamado CHOCOLATE!!!




Por você eu fico louca
Faço as mais variadas travessuras
Pedaços de sedução
Sabor supremo do pecado
Textura que alucina
Sensação de bem estar
Que a serotonina provoca
Meu maior vício é você
Preto ou branco
Ao leite ou crocante
Em barra ou derretido
Com passas ou pedaços de frutas
Puro ou recheado
A sua mais sutil presença
Provoca um estado de êxtase
Eu te cheiro, mordo,
Degusto, me lambuzo
Melhor é me perder nessa tentação
A arte de me tirar do sério
O prazer que se anuncia
O refúgio das minhas nostalgias
A culpa maior da minha gula
Se estiver por perto te devoro
Sem hesitar, sem controlar
É por você que sou apaixonada
E não nego essa submissão
Você a maior invenção
de todos os tempos
eis a fonte de minhas
deliciosas inspirações
é você CHOCOLATE!!!!!

Um dia bom...




Acordo depois de uma noite agradável de bons sonhos, uma preguiça boa e aquela vontade de permanecer na cama mais um pouco.
A frestinha de luz já realça o belo dia que se anuncia,
Olho no relógio ainda é muito cedo, vou despertando aos poucos.
Quando vejo que o mundo lá fora me espera, pulo da cama imediatamente.
Prendo os cabelos, abro a janela e maravilhada fico com benção de estar viva.
Tudo conspira para ser um dia agradável.
O pássaros cantando em cima do muro, o borbulho da cidade acordando lentamente.
Antes de cruzar o corredor, ligo o rádio e coloco meu cd favorito.
Aquele banho revigorante para animar o espírito.
Visto uma roupa confortável, algum tempinho na frente do espelho e estou pronta
para encarar o que vier.
Desço e tomo meu café, me apresso para começar o trabalho.
A disposição está a meu favor, as coisas boas prometem.
Vontade de distribuir sorrisos e gentilezas, de cumprir minhas tarefas da melhor maneira possível.
No caminho de casa, avisto paisagens e arquiteturas encantadoras, pessoas carismáticas,
movimentos interessantes, situações engraçadas.
Uma pausa para o almoço, alguns minutinhos de descontração, uma lavada no rosto para recuperar as energias e o retorno ao trabalho que me espera.
Expectativas, sonhos e ideais fortemente presentes.
Um bom instante para deixar a vida acontecer, sem medo do que está porvir.
Fim do dia, sensação de dever cumprido e satisfação de tê-lo feito como deveria.
Só preciso de um bom banho e uma xícara de café.
Tiro os sapatos, me jogo no sofá, leio o jornal enquanto o café fica pronto,
E saboreio aquele minutos de tranqüilidade ao lado da família,
cada um conta sobre seu dia, e gargalhamos de algumas situações pitorescas, brinco com meu cachorro que está carente de atenção e me acompanha para todos os cantos.
Hora do banho, me permito esquecer das horas e do mundo, visto aquele pijama favorito, e minha poltrona me aguarda para devorar mais algumas páginas do livro da vez.
Sento no meu computador, envio e respondo e-mails, adianto um pouco do trabalho, e me distraio no universo virtual.
Hora do jantar, algo leve para ter uma noite tranqüila. Tá passando aquele filme bacana na tv, o edredom e as almofadas fazem companhia no sofá, junto com a xícara de chá.
As horas passam, e justamente hoje o sono resolveu dar o ar da graça, essa é uma oportunidade que não me dou ao luxo de rejeitar.
Minha cama deliciosa me espera, ligo o som baixinho, acomodo entre os travesseiros e antes de adormecer simplesmente agradeço pelo bom dia que tive o prazer de desfrutar, e percebo que para ser um grande dia, não é preciso haver grandes acontecimentos, e que a felicidade pode estar nas menores coisas, basta apenas estarmos receptíveis, de alto astral para aproveitar as coisas boas que nos sorriem e essa plenitude de bem estar!


> repetindo aquela estrofe que adoro:


"Hoje eu só quero que o dia termine bem,

hoje eu só quero que o dia termine muito bem"

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Depois das brigas....


Nesse momento nada mais importa
Estamos ali,
Cúmplices de um mesmo querer
O véu da noite nos vigiava
E a lua cuidava para que
A magia fluísse mais intensa

Era o nosso lugar
As brigas ficaram lá fora
E o amor rolava solto aqui dentro
Instantes de êxtase
Mergulhamos no infinito
Que as sensações oferecem

Não vou pensar no depois
Esse agora que me alimenta
As faíscas dos seus olhos
Tocam meu ser
Em resposta as minhas crises
E novamente sou tua

São brigas de amor
Quem as entende?
Quando em um breve passar de tempo
Fazemos as pazes
E toda paixão aflora
Brindando nossos melhores momentos

A gente se entende
Sabe o que acontece
Quando as bocas se tocam
Quando os olhos se cruzam
Quando o corpo responde
E os cinco sentidos alertam

Para que torturas
Se sempre é assim
Descontrole total
Nervos descompassados
Alucinada eu fico
Ninguém sai perdendo
Nem eu nem você
Terminamos em zero a zero

Isso tudo é uma extensão de nós
Dos sentimentos expostos
Dos desejos omitidos
Eu sou a pimenta,
Você o mel!

O melhor momento das brigas
São sempre as voltas
E esse gostinho de quero mais
Que abastece os dias subseqüentes
As noites em que não está
E as horas de solidão.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Desatino



Não quero pensar em nada
deixe-me aqui com meus conflitos
experimentando o impossível
e desejando o improvável

Já tentei desfazer a parte de você
que se alojou em mim
mas está tatuada feito veneno
que alimenta esse delírio íntimo

Faço preces em demasia
mas me queimo nessa fantasia
condenada e sem saída
esses dias são a minha sina


O silêncio confronta minha imaginação
e provoca os mais secretos espasmos
confundindo todas as minhas crenças
ameaçando a minha consciência
e questionando a minha resistência

Embaraçada fico nessa fração de segundo
que ilusoriamente me liga a você
como se trouxesse a porção da eternidade
e do chão me arremessasse
na procura dos seus encaixes

tudo soa-me perturbador
e parece tão inexplicável
esse fascínio inconcebível
de ser avaliado
e tão próximo de ser realizado

Não espero pelo próximo anseio
camuflando os desejo
vou em busca do que não conheço
me afastando dos meus preceitos
abro a porta desse devaneio
Onde poderei encontrar a cura
ou me afundar na loucura.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Noite sombria


O que dizer dessa que chega de mansinho, insensata e equivocada, pegou-me desprevenida.
Noite fria, sangue gelado, alma trancafiada em pesadelos,
Escolhas erradas, desejos abomináveis, emoções alteradas,
neste lugar o escuro me clareia e solidão me rodeia.Não tive tempo de entender, ou talvez até tivesse,
mas neguei encarar os presságios.Como ventos sombrios que assopram lentamente
ao cair de uma noite nebulosa,
trazendo essa sensação de agonia que paralisa meu ser.
Forma abstrata de existir, mas se faz concreta ao me tocar abruptamente.
Tentei fugir, renegar, ignorar, mas ela é traiçoeira e imprevisível se apossou de mim, dos meus pensamentos, dos meus sentimentos, devastando minha alma,
e acovardando meu ser.
Olho para fora de mim mesmo, e avisto um cenário do qual não queria estar presente, não queria fazer parte, tento me isolar, o que avisto não está de acordo com o desejável, apavorada com a inércia, tento acordar, tento me mover, tento afrontar e nada acontece,
Apenas esse abismo que ancora os dias que se seguem
não ouço o mais importante,
não vejo o indispensável,
mas sinto o inevitável.
Vou vagando feito uma fênix,
sobrevoando as cinzas do que ficou ou do que está porvir.
Abro os olhos, atordoada descubro que esse incômodo chama-se covardia.
No que depende de mim, hesito em recuperar as forças,
talvez a contradição também tenha lugar certo nesse capítulo,
mas as dúvidas são as piores aliadas,
inconsoláveis horas de tormento experimento,
tentando encontrar as respostas que eu já conheço.
E nesse compasso vou seguindo na jornada,
até o dia em que eu vista a senhora de mim e
me encare diante da verdade que tanto busco encontrar.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Senão enlouqueço


Não sei porque escrevo
Se sentido nenhum encontro
Nessas frases desconcertantes
Nessas palavras sem cabimento
Nessa incoerência que me atropela

Esses pensamentos lutam comigo
Se acomodam e causam incômodo
Preciso dissipar esse pranto
Não consigo controlar o espanto

Esses versos não podiam existir
Não bastasse a lacuna que fica
A tortura do desapego
É melhor me livrar deles

Não sei porque escrevo
Se é de alegria ou tristeza
Se comemoro ou amaldiçoou
Essa inspiração que leva-me o sono
Que controla as emoções
E coordena meus impulsos

Melhor me desfazer logo
Esvaziar essa profundidade
Que a alma encontra
Quando perdida fico
Sem saber por onde caminhar

Já nem sou dona das vontades
A invasão traz o rompante
Que faz de mim
A refém de meus próprios
Pensamentos

Escrevo para não sufocar
Melhor não confrontar
Escrevo buscando o sossego
Dessa alma inconstante
Desse peito pungente
Do pensar descontente
E da certeza
Do alívio que encontro
Depois desses rabiscos inúteis
Que só fazem sentido pra mim

O que me resta?
Escrevo
Senão enlouqueço!

terça-feira, fevereiro 19, 2008

De fases como a lua


Para os que conhecem
Melhor nem tentar entender
Para você que não sabe
Desista é o melhor conselho

Inconstante como a lua
Mil em uma
Uma em mil
Tenho meus momentos
Na maioria imprevisíveis
Ou talvez inimagináveis
Passo por todos os estágios

Não vou em busca do porquê
Sempre foi assim
Instantes de transição
Procuro me reafirmar
Sou Medrosa,
Mas aprendi encontrar a coragem
Posso dormir com ursinho
Mas de onça sei me vestir

O que eu quero?
Por onde eu ando?
O que tanto busco?
Por que assim e não assado?

Sou mulher e por si só complicada
Excêntrica por excelência
Profunda por natureza
Audaciosa por vontade
De TPM fico impossível
Mas sei ser Zen quando precisa

Pensa que me conhece
Acha que me domina
Sonha que me conquista
Acredita que eu desisto

Questiono o que não há respostas
Suporto o que nem imagina
Me liberto nessas fases
Diversas e sorrateiras
É só não me provocar
Que sei ser boa menina
Ou então mude-se para
Bem longe das minhas garras

Com a matemática me entendo
A gente se multiplica
Luto por causas perdidas
Talvez me incita o desafio
Provavelmente me perderei neles
Mas jamais recuo diante dos muros

Caminho pelo vale das dúvidas
Achando estar certa de tudo
Se a decepção me alcança
Me rasgo, me dilacero, me condeno
Mas me refaço, me reinvento
Descalça ou de salto,
sacudo os ombros, e olho nos olhos
Balanço os cabelos, cruzo as pernas,
De mini-saia ou calça jeans
Eu uso unhas vermelhas
Nem queria sentir o sabor dos meus beijos
Vai se queimar no meu desejo
Ou se matar de desespero

Vou de um extremo ao outro
em poucos segundos
como uma roda gigante
de apaixonada a assombrada
de carente a decidida
de frágil a poderosa
de confusa a confiante
de melancólica a extasiada
de candura a arrogante
de submissa a controladora
de menina a mulher
de sonho a pesadelo

Você não precisa me entender
Não fui feita para ser analisada
Apenas para ser amada
como as estações do ano
como os signos do zodíaco
minhas características são tantas
e meus devaneios inúmeros
minhas fraquezas são tantas
e meus anseios um mistério

Sei fazer cara de dengo
E usar meu lado fatal
Da minha paz vai se lembrar
Mas se me ver brava saia correndo
Faço manha, bato a porta
Me escondo debaixo do edredom
Devoro sozinha a caixa de bombom
Ouço aquelas canções melosas
Mas curto o rock das emoções
ou a balada das paixões
ou quem sabe o samba que me quer bem
a melodia da vida que me impulsiona

Nessa frenética busca
Melhor não seguir meus mandamentos
Sou mutável e flexiva
Adoro que me siga
Mas se sufocada me sentir
Minha falta vai descobrir

Prefiro seguir com as borboletas
Minha liberdade é meu maior refúgio
Se quiser me compreender
Simplesmente me aceite!

Reflexos de uma realidade...



É contraditório a posição intrigante de nossos governantes, a paciência é revelada em lapsos de descontentamentos, a paz é hasteada nos meandros da guerra, a saúde só é discutida quando se instala a epidemia do caos.
Infelizmente é nesse obsoleto momento que a vida vale uma imensidão.
Na tentativa de recuperar as lástimas, lutando contra o tempo, as falhas despertam desamor e revolta no coração da humanidade.
É necessário abrir-se um canal com o 'Ser Supremo', em busca de um emaranhado de perguntas sem respostas, que possam preencher a lacuna existencial do "sobreviver diário".
Súplicas que antes eram atendidas, hoje são desprezadas, os gestos de indagações não amenizam o lastimável, a indignação faz parte do processo mas agoniza na porta de entrada.
Olhos se interpõem na dor e na angústia de muitos, histórias de injustiças agora são corriqueiras, e a falta de respeito hoje já está banalizada.
O porquê?
Quem responde?
Eu, Você, Eles?
Não......Não há quem responda...
Acúmulos de futilidade e incoerências se aglomeram na imensidão das esquinas, se cruzam mas não se percebem.
Suspiros são abafados, em meio ao dilúvio de acontecimentos que definem rigorosamente o anseio desses seres.
A vida não é mais o conceito fundamental, outras prioridades são alvos das preocupações dos que regem o poder, existe aqueles que sonham e tentam, mas nem sempre são vitoriosos nessa luta incansável.
Agora existem prioridades maiores que fazem parte dos seus interesses.
O manto da supremacia impera convicto de seus ideais, subestimando a inteligência de todos á sua volta.
É bem verdade que nem todos enxergam desta forma, mas a atmosfera está densa demais em relação aos outros, e o descaso ultrapassa a compreensão.
O prudente seria valorizar o que realmente é importante e corrigir o que não é de bom grado, enquanto houver tempo, já que a carcaça é frágil e se mistura com a terra ao final da existência, sem distinção de cifras.
A verdade é um mero disfarce para ofuscar a realidade amarga que nos rodeia.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Voce faz falta minha amiga....


Hoje me deu saudades de você minha grande amiga.
Me peguei arrumando a bagunça, jogando as tralhas fora,

e deparei-me com as lembranças, entre tantas nossas fotos, cartas, cartões, algumas peças de roupas que ainda estão perdidas aqui, alguns objetos significativos demais para eu ousar me desfazer.
Como você pode sair da minha vida?
Porque não pensou em como seria?
Quando olho para trás e vejo tudo o que já se passou, quanto tempo faz?
Tantos anos de ausência, tantos anos de distância que procuro sempre fingir que não passou, que as coisas não tomaram esse rumo, e que você nunca foi embora.
O triste de tudo é saber que você realmente saiu da minha vida,
e de uma maneira que até hoje reluto em compreender.
Como aqueles tempos eram bons, não sei viver de passado,
mas ele existe, e não há como apagá-lo.
Você fez parte dos meus melhores momentos, das minhas piores crises, dos meus instantes mágicos e inesquecíveis!
Tanta cumplicidade, tantas afinidades e paixões em comum,
que custo a crer que isso não exista mais.
Uma amizade que vai além do que dimensionamos, e ninguém nunca pensou entender.
Hoje carrego comigo uma lacuna, que procuro preencher com milhões de outras coisas,
mas sempre estará aqui.
Você foi minha amiga, confidente, irmãzinha, e minhas expectativas sorriam a seu respeito, sempre me espelhei na sua impetuosidade e determinação.
Mas onde foi parar essa garota que me puxava as orelhas quando eu cometia deslizes?
Eram noites e noites em claro, que passávamos conversando sobre tudo e nada,
as idas a cozinha na madrugada para preparar pipocas e chocolate quente,
os potes de sorvetes que dividimos quando nossos corações se despedaçavam de desilusões,

as compras juntas, as trufas que preparávamos e comíamos mais do que outra coisa,
as coreografias que inventávamos na frente do espelho para arrasar nos eventos,
os dias de calor que íamos juntas ao clube, os passeios que rendiam assuntos para semanas, as horas e horas ao telefone, nossos filmes favoritos, das nossas brincadeiras, viagens, os programas que curtíamos juntas, foram tantas risadas, e tantos choros, lágrimas enxugadas em meio a sensibilidade, confidentes, amigas, amadas, irmãs!
Você, mais velha que eu, mais experiente e tão dependente de carinho, meu espelho, o ouvido da minha consciência.
Seguramos barras, nos livramos de todas enrascadas possíveis, quantas confusões aprontamos,
a diversão era a nossa maior característica e esse amor gigantesco que
sempre tivemos uma pela outra, nossos olhares diziam tudo,
nosso sarcasmo roubava a cena, e nossas histórias eram sempre hilárias.
Não posso mais lembrar de tudo isso, pois já não consigo controlar esse choro,
que desde que você se foi tento estrangular, fingindo estar bem, me fazendo de forte.
Não consigo admitir que tudo tenha ficado assim vazio.
Você faz parte da minha vida, e não mais está presente nela.
O que houve conosco minha grande e eterna amiga?
Onde foi que erramos, porque nos perdemos, porque deixamos assim?
Não mais sei nada de você, a não ser o que me contam, e nem tão pouco você de mim.
Mas consigo sentir seu sofrimento daqui, sei que não foi essa vida que esperou,
esse não é o seu sonho de infância, mas você escolheu que fosse assim, e eu nada posso fazer.
Sempre achei que almas gêmeas, não seriam só uma, você sempre foi meu lado oposto.
Sinto tão profundamente sua falta, que todos dias penso em você.
A vida tem escolhas tão amargas e doloridas que algumas não se pode explicar,
hoje você está ai, não faço parte da vida da pequena que você concebeu, e nem da sua,
não posso gritar por você, nem te abraçar quando as dificuldades surgem, nem ouvir seus conselhos, nem fazer você entender o quanto é importante.
Crescemos juntas, amadurecemos e percebemos hoje que nossas atitudes e decisões determinam o rumo pelo qual a vida segue.
Só posso dizer que algum dia ainda, espero que tudo isso não tenha passado de um sonho louco,
e que quando acordar você ainda esteja por perto.
Torcer para que você sempre esteja bem e que nenhum mal consiga chegar até você.
São tantos anos assim, ninguém se permite falar sobre isso,
você se tornou prisioneira das suas escolhas, e eu covarde de me calar.
Você mora aqui enquanto eu existir, e traz essa falta descomunal de seguir sem sua presença.
Queria dividir com você minhas conquistas, meus fracassos, minhas neuras como sempre fiz, meus medos, minhas ilusões e meus projetos.
Mas hoje só vim aqui para dizer que sinto sua falta minha amiga, não suporto esse silêncio,
essa ausência que me corta ao meio, tanto que prefiro fingir que nada mudou.
E quando precisar de socorro, estarei aqui , é só chamar.
Respeito seu caminho e suas vontades, por isso vou fechar a caixa
das lembranças, pois já me brotaram lágrimas demais.
Um dia quem sabe .... tudo mude novamente!

*Saudades, só se sente quando valeu a pena....
áh, hoje eu só vim sentir saudades.....
.......****.....

Balanço de tudo: o que ficou ...o que virá....



Dessa vez resolvi fazer diferente.

Sem aquelas listas quilométricas de final de ano. Não.
É sempre assim mesmo que mentalmente nos atrevemos a listas tudo o que fizemos de bom ou ruim, e as coisas que queremos e esperamos desse novo ciclo.
Hum, vejamos, seria mais ou menos assim:


-Começar o regime, fazer mais exercícios
- Mudar o visual
-Jogar as tralhas fora( limpar armários, e me desfazer de tudo que não uso mais)
-Investir em novos cursos
-Trabalho, trabalho e trabalho
- Comprar aqueles livros que tanto queria (agora estão em liquidação)
-Esse ano vou viajar para todos esses lugares
-Preciso me policiar mais em meus defeitos

- Te rmais tempo para cuidar de mim

- Será que consigo terminar meus projetos? meu livro?
-Fazer mais boas ações
-Preciso ir mais ao cinema (mais ainda?)
- Participar de alguma ONG
- Melhorar meus relacionamentos: amoroso, pessoal, familiar e social.
- Prestar mais atenção nas coisas que me rodeiam....
- Tá, vou mais vezes ao médico. (aquela cirurgia? Já sei ...vou tentar fazer esse ano)


Enfim...

Engraçado, porque a lista é tão imensa que ficaria horas descrevendo tudo que tenho em mente.
Mas pensando bem, o que ficou?
Foram as pessoas especiais que tenho sempre por perto, as amizades novas que construí ao longo desse período, as antigas que fortaleci, as pessoas que se foram e deixaram saudades, os erros que pretendo não voltar a cometê-los, as boas e as amargas lições que me foram conferidas, o que eu deveria ter feito e não fiz, como me amadureci como pessoa, e o novo olhar que hoje tenho sobre o mundo, a maneira como cada um se comporta e a importância de respeitarmos as escolhas e gostos dos outros.
Tudo isso me foi válido e enriquecedor.
A espera pelas festas, aniversários, formaturas, bodas, natal, ano novo, os almoços e jantares em família, as horas que passei rindo, as tarde que brinquei com meu cachorro, as músicas que ouvi e nunca mais me sairão da cabeça e do pensamento, as comidas boas que aprendi a cozinhar e a ver os outros saborearem (é, confesso preferir fazer e admirar a degustação alheia), as vezes que dancei no quarto enquanto me arrumava, ou na sala afastando o tapete e os móveis, os momentos que chorei e achei que a dor fosse me consumir por completo, quantas decepções, nossa, algumas achei que não fosse me refazer, mas aí no outro dia eu acordo e o dia está tão belo que nem vale a pena relembrar o que doeu.

Fui rude muitas vezes, magoei, machuquei, e me puni por isso.
Podia ter feito mais?

Claro, sempre, e muito mais.
O que posso dizer?
Espero viver imensas emoções nessa nova etapa, rir até me doer a barriga, aprender a enxugar e sufocar melhor algumas lágrimas, esbanjar alegria por todos os poros, ser amiga em qualquer momento que for procurada, amar muito mais que amei até aqui, perdoar o que ainda incomoda, respeitar as vontades alheias, aproveitar os momentos com as pessoas queridas porque são breves, beijar muito(porque não tem coisa melhor), olhar com mais bondade e benevolência a quem precisar, ser mais tolerante e menos autocrítica, aprender com minhas falhas, ser menos cabeça dura e mais receptiva, encontrar sabedoria nas pequenas coisas, fazer tudo da melhor maneira, e ter a satisfação de dizer que estou tentando ser melhor do que fui...
Não vou fazer promessas, porque algumas fogem ao nosso controle e vontade, apesar vou desejar e fazer melhor...
É tudo o que espero...

domingo, fevereiro 17, 2008

Esses desejos ....





Como entender o que sinto
Esperar o que não posso
Vontade do que não conheço
Em busca dessa procura
Revelando meus mistérios

Esses desejos guardados
Trancados por tanto tempo
Ensaiados sem pretensão
De tornar-se realidade

Sinto a alma inquieta
O coração desgovernado
Meus sentidos sufocados
Procuram um disfarce convincente
As emoções sufocadas
Essas sensações perturbadoras
Tiram-me do eixo
Levam-me para outros lugares

Os pensamentos se apoderam
Do me ser
As expectativas me soam ilusórias
A única certeza que prevalece
É essa falta de lógica que procuro
Explicar com meia dúzia de palavras desconexas
Que me levam sempre para o mesmo caminho

Recordo aqueles olhares profundos
Que me despiam sem o menor pudor
foram extirpados nas tentativas de negação

Aquela boca que tantas vezes Imaginei beijar
Aquele sorriso generoso que me fez viajar
O cheiro que ainda consigo lembrar
Os gestos que sutilmente acompanhei
A voz que ecoa eloqüente
Surdo minha razão
Tudo parece tão familiar
E tão loucamente desconhecido
O frescor das lembranças
Surgem repentinamente
Como que em pedido de socorro

Esses desejos sempre estiveram ali
O tempo se encarregou de adormecê-los
E esse mesmo tempo tratou de resgatá-los
Acordada ou em sonhos
Essa tentação se faz presente
Já não sou dona da prudência
Só respondo pelos impulsos
Que me remete a esse fascinante delírio

Esses desejos causa das minhas
Mais secretas fantasias
São incógnitas que esperam
Por serem reveladas ...

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Enganos ou escolhas?



Tem o péssimo hábito de achar que já viu de tudo
Claro que se engana sempre,
Impossível ver de tudo,
As pessoas que cruzam nossos caminhos
Por quaisquer que sejam os motivos
Muitas delas surpreendem mais do que se espera
De novo, precisa aprender a viver,
E não confiar tanto assim
São tantas as máscaras e mentiras
Que enojam,
Desacreditam,
Consequentemente a decepção
Acaba sendo inevitável
É isso aí garota, seja sempre condescendente,
Faça tudo que lhe machuca
O retorno acaba sendo o previsível
Cega? Ou gosta de fingir que não vê?
Porque explicação melhor não tem.
Acomodou-se com os enganos?
Banalizou os sentimentos a tal ponto
De não ser mais seletiva?
Ou aprendeu a selecionar
Sofrimentos a dedo?
Onde foi que você se perdeu?
Em qual momento,
Deixou que as coisas ficassem assim?
Você não tem jeito garota!
Nunca aprende o suficiente
Para fazer diferente,
Precisa dos tombos para acreditar
Que enganos acontecem?
Precisa deles para compreender
Como as coisas funcionam?
Isso é o que?
Masoquismo?
Alguma espécie de punição?
Ou equívoco puro?
Acho melhor rir de você garota
Porque chorar não adianta
Essas lágrimas
Não convencem nem a você
Do contrário fariam sentido
E perceberia
O quanto é tola sua maneira de agir
Gosta mesmo disso?
Essa posição lhe agrada?
Então porque alimenta essas atitudes?
Acostumou com as sobras?
O que?
Logo você garota!
Por favor, faz-me rir
Ou sacuda as coisas
Abale as estruturas
E mostre que o enganada estou eu!
Deixe sua marca
E quem quiser que a siga
Mas não aceite
Esse pouco de ninguém!
Não se engane
A ilusão vem e passa
Mas você continua ali
E quem te olha
Será que merece?
Saia desse lugar comum garota
E tome as rédeas da situação
Errar faz parte do processo
Mas persistir,
Ah, persistir,
É escolha tua.
Enganos acontecem
Mas você escolhe permanecer neles
Acorde garota!
Sempre há tempo de fazer diferente.
Os enganos estão ai
As escolhas
É você quem faz!

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Desatanto Correntes


Vivendo sob o manto de um contexto equivocado de ser, ultrapassando paradigmas e incorporando ideologias, a real supremacia do poder impera absoluta sobre a ignorância que cega ou finge não querer ver.

Contestar é o caminho, indagar ou quem sabe reformular, uma atmosfera sobrecarregada de conceitos estabelecidos aleatoriamente, sem critérios fundamentados.
Assim, transcorre o cotidiano de um país, que aspira por modelos ideais, esbarrando em questões inaceitáveis para a simples compreensão de um mortal.

Não basta bater o pé, ou virar as costas, as incoerências estão cada vez mais evidentes, e nada se faz para amenizar a angústia de milhões de cidadãos, que clamam por soluções.

Medidas paliativas não irão transformar um Sistema corrompido pelo desgaste de muitos.
Governar não apenas Individualmente, e sim para o Coletivo, que sonha, luta, sofre, questiona e acima de tudo espera por resoluções que ameaçam, mas tardam a chegar.

Neste jogo de interesses o egoísmo e a falta de caráter, às vezes prevalecem, somente um divã, poderia abrir o elo para as Correntes Desatarem.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Conselhos inúteis....



O que somos diante dessa imensidão????


Manhã ensolarada, estava eu apreciando meu café e sentada compenetrada no meu trabalho, que por sinal estava todo acumulado.
Áh, a noite passada foi terrível, tenho tido crises de insônias abomináveis,
Cada vez mais freqüentes, o que não vem ao caso,( apenas para ilustrar meu estado de espírito), mas me remete ao “x” da questão.
Como de costume, fone no ouvido, inúmeras janelas abertas no meu PC, entre elas
A do MSN( onde me encontrava “ausente”), e muito trabalho em andamento.
Eis que aquele barulhinho “infernal” do ‘pedindo atenção’ me arranca a concentração.
Quando vou responder, é uma amiga, estranhamente tinha sentido falta dela, há dias não conversávamos, mas cada uma com suas responsabilidades e afazeres.
Pergunta se estou ocupada, e posso “ouvi-la” um instantinho.
De Fato estava precisando desviar a minha atenção, meu café já havia até esfriado.
E começamos a conversar.
Surpreendida fico quando ela me pede um conselho, aliás, nem sei se surpreendida seria a palavra, fiquei foi estarrecida. Era 09h45 da manhã, meu dia estava sendo péssimo, e eis que piora a partir de então.
Pensando em nossa conversa, não me desceu mais café, almoço e até agora estou
Tentando concatenar as idéias.
A Malila, me pedindo conselhos sobre a melhor forma de se matar?
Espera aí, eu tinha que sugerir uma forma mais eficaz?
Que loucura é essa, não estamos falando de qual roupa seria mais apropriada
Para um evento, ou sobre itinerários de viagens.
Meu cérebro literalmente congelou. Meu raciocínio ficou cada vez mais lento, eu achei melhor ligar para ela, afinal, só podia ser ‘brincadeira’.
Ei, aquela mulher sacudida que conheço, batalhadora e revolucionária, o que estava acontecendo?
O telefone tocou até a ligação cair, insisti mais duas vezes, e ela atendeu, com uma voz chorosa e desconsolada.
Estávamos a mais de 500km de distância uma da outra, e eu totalmente perdida no que dizer.
Ficamos uns 20 minutos conversando, repassando todas as encanações dela, e tentando
Expulsar aquela ‘idéia’ absurda.
Ela estava irredutível, e veementemente me instigando a dar “possíveis soluções” para acabar com a própria vida.
Achei que ela estava mais controlada, é aparentemente pelo menos, estava.
Prometi que ligaria mais tarde para saber como ela estava, e intensifiquei para ela não hesitar em me ligar a qualquer momento.
Bem no instante que pensei em dar até logo, ela me disse, que mesmo tendo sido
Reconfortante conversar comigo, ela já estava certa do que faria.
E me despejou ‘a bomba’ de uma vez só.
“Tázinha, tô com câncer de mama, e não consigo lutar contra isso”
Assim, de uma vez só, sem ensaiar. Direta e efusiva como ela sempre foi.
Se eu estava pasma até aquele momento, fiquei aterrorizada.
Eu, só pensava em encontrar alguma coisa que fosse certa para dizer.
Se é que existe alguma coisa certa para se falar nesses momentos.
Ela percebeu minha perturbação.
Os 20 minutos iniciais agora, tornaram-se 50 minutos.
Entendi o seu desespero, pelo menos compreendi.
Como será que eu reagiria?
Talvez da mesma forma. Ou pior, definitivamente não sei.
E até agora, não saberia responder se me perguntassem como me sentiria, já que
Estou me sentindo terrivelmente péssima mesmo não se tratando de mim.
A gente conversou muito depois desse ‘torpedo’ que ela me revelou.
É claro, que ela não está sozinha, nem estará, alguém como ela, infinitamente especial,
E com uma força descomunal que sempre admirei.
Vai com toda certeza sair dessa, no que depender de mim, estarei de vigília o tempo todo.
Mas o que me remete a uma reflexão, e novamente essa impotência diante da “vida”, que fica mais evidente.
Ultimamente essa ‘sombra’ tem me perseguido, e juro que estou tentando aprender lidar
Com ela da melhor forma possível.
Mas quando existem tantos sentimentos envolvidos, tantas questões tornam-se mais
importantes, sinto-me assim ‘tão pequeninha’, absurdamente ‘pequenininha’.
Não quero ficar martelando sempre na mesma tecla, mas estou consideravelmente desorientada.
Talvez esteja emocionalmente abalada ao ponto de ainda não conseguir digerir tudo, e formular melhor como as coisas são.
Ela me fez indagações, que me fizeram pensar, e pensar muito, me fez perguntas que
Infelizmente não conheço as respostas. Será que estou cumprindo fielmente meu papel de amiga?
Pois sinceramente me senti inútil hoje, indescritivelmente sem utilidade.
Não só não respondi aos seus questionamentos, como me mostrei assombrada.
Não queria que ela percebesse minha fraqueza diante de acontecimentos dessa natureza, mas, ainda não sei controlar certos impulsos.
Ela já se encontrava fragilizada o bastante.
Eu fui péssima, eu sou péssima, eu estou péssima.
Que as forças me impulsionem a sair desse estado de prostração,
E da próxima vez, ser bem melhor do que pude ser hoje.
Só uma certeza me norteia, conselho as vezes são infundados e perdem o sentido,
Nossa posição pode valer muito mais, se for a de apenas ‘bons ouvintes’.

E a única coisa que podemos fazer é não desistir nunca,

estar preparado para 'as batalhas', porque elas surgem quando menos esperamos.

Lutar sempre!

Não se pode entregar os pontos sem ao menos tentar...


****...........................*****


domingo, fevereiro 10, 2008

Basta ... cansei de tudo isso....



Por hoje basta,
Cansei de ser a boazinha
Cansei de ser o docinho
A meiguice e a candura
Cansei de fazer
Cansei de doar
Cansei de estar disposta
E sempre disponível
Cansei de engolir desaforos
De fingir que não ouvi
De me fazer de desentendida
Para não complicar as coisas
Cansei de ser o anjo de pessoa
A menina solidária
E benevolente
Chega de ser feita de boba
Chega de pensar nos outros
Chega de sufocar o choro
Chega de disfarçar os sorrisos
E sempre entender tudo
E passar por cima
De todos sentimentos
Não vou mais me importar
Pensei você o que quiser de mim
Não serei mais a mesma
Dane-se!!!
Serei mais egoísta
Menos tolerante
Menos amigável
Menos cordial
Menos conselheira
Isso tudo é um fardo
Que meus ombros
Não sustentam mais
De que me adianta
Tudo isso?
A boa menina prestativa
Sempre acaba sendo a má
Se as coisas não saem
Como os outros esperam
Nunca faço o suficiente
Sempre esperando
aquelas aprovações
Sempre desejando
Que me vejam como eu sou
Longe da perfeição
Só quero fazer o que quero
Agir como espero
Aceitem-me se quiserem
Cansei de tudo isso
Falta consideração
Respeito, carinho,
De importância,
E todos aqueles
bons sentimentos
que hoje cansei de disponibilizar
quero que me olhem
como realmente sou
assim humana,
e não detenho o poder das coisas.
Tô fechada para balanço!
Nem adianta que não faço,
Que não quero,
Que não vou,
Que não posso,
Preciso cuidar mais de mim
Porque ninguém o fará
Não vou mais chorar
Pelo que não merece
Nem me martirizar
Por coisas que não
São minhas.
Nem sentir essa
Dor o tempo todo

essa tristeza que impera
Vou me libertar desse fardo
Daqui por diante
Vai ser assim
Só faço o que me motivar
EU acima de tudo e de todos
Minha vontade
é a que irá prevalecer
e nem me importo mais o que digam
gostem ou não
essa sou eu
e assim que vai ser.
Basta de ser covarde
Diante das minhas
Próprias aspirações
Basta de viver para o outro
E sobrando quase nada para mim.

nem me venha com essas histórias

de que adianta tudo isso?

de que me serve ser

agir sempre da maneira

mais apropriada?

e aproriada para quem

para vocês?

não mais...
Não consigo mais
Sou uma só
E não posso viver por mil
Sou repleta de erros e defeitos
Então nem espere que eu seja ainda
A menina boazinha...
Esse basta é meu passaporte
Porque nessa posição
Não espero ficar mais!

..................***.............




Insanas fantasias




Tarde demais,
Agora não tem mais volta
Não vai conseguir esquecer
Não tem como ir embora
Esse lampejo que vem e vai
Esse pecado que rodeia
Essas idéias que atormentam

essa vontade que impera

esse querer não querendo
Não é preciso entender
Nem espere as melhores explicações
O desejo arde loucamente
E corpo agoniza espontâneo
O coração agora explode sem razões
Esse frenesi é de enlouquecer
Essa paixão me comanda
A insanidade domina a cena
Eu pertence a isso
Você pertence muito mais
Esses olhares se cruzam
Eles se procuram entre todos os outros
Nos sonhos, nos pesadelos
Nas suas mais alucinadas fantasias
Sempre estarei presente
Independente desse tempo que separa
Não há espaços ou condições
É sentir e perceber
A volúpia que atrai
Estou tremendo por dentro
E suando por fora
Porque você não veio?
De nada adiantará me buscar em outras bocas
Outros corpos não afastarão esse anseio
Presos como em teias
A mercê de nossa psicose
O que quero você sabe
O que espera eu bem sei
Perdida em seus braços
Que o mundo desabe agora
Eu fugiria se pudesse
Para tão longe que nem eu me encontraria
Do desespero de lhe ter
Da agonia de não ter
Então entre,

mas feche a porta
E me tenha como nunca
Ousou ter
Me ame nesse instante que nos é permitido
ficará marcado para sempre
vou morar em sua vida
então me guarde em seu corpo
me conserve em seus pensamentos
porque não serei sua nunca mais
a não ser nas suas devassas fantasias
será que você vem?

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Passeio estranho....


A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina.

Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente.

Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.

Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.

Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria.

Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.

Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando.

E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?



*Charles Chapplin*




(((A morte por ela só é tão imensamente ingrata, que nem cabe palavras)))


... Como diz aquele meu amigo, "tudo fica assim, pela metade"....

E, pensando nessa única certeza, é notável o porquê de tantas inconstancias...

E talvez mesmo o que assombra é esse 'não terminar', esse pavor de não ter vivido

tudo aquilo que almejamos, de não fer tudo aquilo que nos despusemos...

O irônico, é que não importa o que se faça, nem para onde vá, a sombra dela

sempre irá nos perseguir até chegar a 'hora'.

Engraçado também, porque antes tinha tanto medo dessa 'hora',

da 'minha hora',

e como as coisas mudam,

agora já não é mais isso que me amedronta,

meu medo maior e insano é da

'HORA' dos outros.... pior que 'nossa hora', é ter que se conformar

com a 'hora' de quem amamos...

Isso sim me apavora desesperadamente.

é, surgiu-me essa perplexidade de perceber que

meu medo não era 'aquele', mas sim 'este'.

Como Woody Allen ressalta;


"Não que eu esteja

com medo de morrer.

Apenas não queria estar lá

quando isso acontecesse."


nem seria esse o caso....


Pior que ela é a impossibilidade mais real que conheço...

E pensando naquele dia lá no cemitério,

nem é tão tenebroso assim,

aquela calma profunda, de novo ironicamente

é tudo o que buscamos as vezes durante a vida toda,

obviamente em outros aspectos, mas na mesma dimensão.

E, sentada ali, a morbidade nem tem lugar em mim,

mas, quis ficar ali horas, para absorver aquela 'paz' absurda,

mas tão reconfortante que 'eles' me permitiram usufruir.

E, quando aquela multidão rompeu o 'meu silêncio mórbido'

pude perceber como 'a vida' é essa fração de segundos que não

há como se prever, nem tão pouco correr.

De impulso, me veio a vontade de sumir dali,

mas segurei a respiração naqueles "3 segundos" sem fim, que

a Nilde me ensinou........e Ai, incrivelmente,

me transporto daqui para ali.

Ao meu lado, minha esquerda, para ser mais precisa,

se instala aquela 'hora'... logo ali.

Ouvi alguém murmurando baixinho :"Ôh, hora mais difícil no mundo meu Deus, porque isso!".

Me senti mais invisível e imóvel do que nunca,

afinal estava ali, compartilhando de alguma forma tudo aquilo,

e sem me dar conta.

E não era justamente nisso que eu estava pensando?

Naquela 'hora sombria'?

Achei melhor, continuar ali, sentada, com a cabeça baixa como que em orações,

na verdade estava de alguma forma.

Pessoas estranhas, e no final todos com a mesma dor.

Não importa o que se faça durante a vida,

a dor no final para os que ficam é a mesma.

Aquele cenário nem de longe era dos melhores,

nem eu buscava por isso quando ali entrei.

E o garotinho que correu até minha frente,

e me olhou daquele jeito tão abosrvido de sofrimento e confusão?

Apenas balancei a cabeça, como se entendesse o que ele sentia.

E de fato entendia, já passei e ainda passarei por tantas situações semenlhantes,

sentirei essa dor mais tantas e tantas vezes

e cada vez me acostumando menos com

esse amargo sabor.

Estranho ser 'figurante' de uma cena que nem mesmo nós escolhemos.

E de novo , aqueles pensamentinhos que me rodeiam,

Afinal de contas, somos isso no mundo

Atores principais de nossas próprias histórias, coadjuvantes das dos que nos cercam,

e meros figurantes e expectadores dos tantos outros.

Não consegui estrangular o choro, quando a massa foi embora,

Na verdade, acho que ele esperava para sair, desde antes de sair de casa.

Fiquei por ali mais um tempo, é isso, o tempo passa tão rápido.

Hoje aqui, amanhã ali, e depois lá.

Ainda tinha umas três pessoas "vagando" por ali,

a procura de um pedacinho seu em alguma lápide.

Fui até a sepultura, tudo remexido,

incrivelmente desarrumado,

que sensação atormentadora,

o rapaz que arrumava as flores me disse,

essa é a vida ou será a morte?

e acrescentou: "Novo ele né, nossa, por mais que eu esteja acostumado,

nunca estarei o suficiente"

Aquilo, com certeza me invadiu por todos os poros,

e aquele arrepio novamente na espinha.

Nem respondi, sai o mais rápido que pude.

Não precisava ter ouvido aquilo,

nem queria compartilhar daquela dor que não era minha.

Quando estava cruzando o portão central,

pensei vou tomar um sorvete , o calor está de matar!

Ai.... que palavrinha.

Vi a florista logo na entrada,

foi instintivo, espontâneo

comprei o primeiro que ela me deu,

e retornei naquela 'sepultura',

agora estava vazia, infinitamente vazia.

Me abaixei, e deixei ali as flores.

Não me pergunte porque,

não sabia quem era, nem de onde,

nem o que tinha acontecido.

O que sei, é que agora

toda vez que volto,

passo por lá para dizer olá.

deixo minha flor,

e vejo aqueles olhos grandes da foto,

É, agora tem uma foto, um nome, uma data.

32 anos, e aqueles olhos,

que me olham como se entendessem minha atitude.

Nos tornamos amigos, não é completamente absurdo isso.

Mas sinto-me tão bem.

Acho que compreendo melhor as coisas agora.

Pelo menos algumas coisas....



.............****..........












quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Out Of Reach


Knew the signs
Wasn't right
I was stupid for a while
Swept away by you
And now I feel like a fool


So confused,
My heart's bruised
Was I ever loved by you?


Out of reach, so far
I never had your heart
Out of reach,
Couldn't see
We were never meant to be


Catch myself
From despair
I could drown
If I stay here
Keeping busy everyday
I know I will be OK


But I was
So confused,
My heart's bruised
Was I ever loved by you?


Out of reach, so far
I never had your heart
Out of reach,
Couldn't see
We were never
Meant to be


So much hurt,
So much pain
Takes a while
To regain
What is lost inside
And I hope that in time,
You'll be out of my mind
And I'll be over you


But now I'm
So confused,
My heart's bruised
Was I ever loved by you?


Out of reach,
So far
I never had your heart
Out of reach,
Couldn't see
We were never
Meant to be


Out of reach,
So far
You never gave your heart
In my reach,
I can see
There's a life out there
For me


>(Out Of Reach / Gabrielle)



*... because the times would be better out of myself and not have more than back
but, I follow ... who knows one day find the way back for me, without the fear of being alone ,,, *


:( .............


segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Máscara de Carnaval




De máscara no rosto
Visto a euforia
E desfilo minha melhor fantasia
Não era para ninguém ver
Confetes, serpentinas e purpurinas
Enfeitam o salão
E acordam as emoções
As marchinhas, os sambinhas
Com enredos ou desentoados
Só vim aqui para brincar,
Pular e me acabar
Nem vejo a hora passar
Nem espero o dia chegar,
Ouço ao fundo
O toque breve da cuíca,
O pandeiro e o tamborim me chamando
Já me vesti de colombina,
Odalisca, coelhinha e pierrô
já fui a fera tigresa
e a meiga bailarina
bastava aquela música tocar
para a festa começar
é desse carnaval que lembro
é desse carnaval que gosto
com o sabor de alegria e as cores
que fazem os olhares se perderem
quando a minha bateria passa
o corpo todo arrepia
levanta as arquibancadas
e o enredo me contagia
vou de lá ou vou de cá
eu só quero é pular
aqui todo mundo tem lugar
pintam as cores do seu imaginar
você pode ser quem quiser ser
só não esqueça de acordar
chego em casa acabada
e de alma lavada
vou tirar a minha fantasia
e a máscara que tanto queria!


* Essa vai p/ vcs doces (lembram dos nossos bons tempos???)