sábado, novembro 22, 2008

Violência infantil: A culpa é de quem?





Em tentativa de escrever sobre violência, nas primeiras premissas já me sentia exaurida de tantos fatos e casos desagradáveis de se recordar, mas infelizmente tão necessário para uma profunda reflexão, inevitável falar sobre o tema e não mergulhar em uma dor descomunal.
O tema violência é tão extenso que qualquer um poderia ficar questionando, exemplificando e justificando por horas, dias afim (assim em tom de “gerundismo” mesmo).
Mas o foco seria uma violência específica, que vem se alastrando feito uma nuvem de pragas.
A taxa de violência infantil tem atingido altos picos nos índices mundiais, uma proporção absurda de relapso e desamor.
Uma pesquisa do Departamento de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto indicou que os números de casos de violência são maiores que as estatísticas divulgadas por órgãos oficiais e atinge todas as camadas sociais sem distinção.
Muitos dos episódios de agressões não são denunciados e não chegam ao conhecimento das autoridades competentes, alguns casos são praticados por parentes e conhecidos o que denegri ainda mais a constituição chamada “família”.
Os casos que chegam ao conhecimento público, através da mídia e órgãos especializados são uma parcela de tantos outros que são abafados por lágrimas, covardia, medo e não refletem a realidade dos acontecimentos.
Abuso infantil é abominável, inaceitável e não deveria nem ser motivo de discussões e busca de soluções.
É dever dos adultos e responsáveis por cada criança cuidar, educar, proteger, amparar e dar segurança em quaisquer circunstâncias adversas, mas na prática o contexto é bem diferente do que consta nos estatutos e deveres morais.
O perigo às vezes mora mais perto do que se pode imaginar.
Todas as formas de abusos são intoleráveis, maltratos de todos os gêneros, seja ele físico, sexual, psicológico ou emocional o que caracteriza a negligência do adulto que tem a obrigação de zelar pelo bem-estar e integridade de suas crianças.
Mas e quando a ameça vem do desconhecido?
Como manter a sanidade quando algo acontece a essas crianças?
E como conviver com a impunidade?
São perguntas que não se tem respostas, pelo menos ainda.
É tão deprimente ver o futuro de uma nação ser submetido aos mais diversos crimes e descasos.
Diariamente são esfregados em nossas caras, acontecimentos inexplicáveis, tragédias e mais tragédias ceifam as esperanças e a vida de crianças que não pediram para existir e mereciam a garantia de um futuro seguro.
Crescer, brincar, estudar, fantasiar, sorrir, desejar é tudo o que eles esperam , e não serem arrancados do mundo que fazem parte com brutalidade, roubados de um futuro de possibilidades sem ao menos terem escolhas.
Onde vamos parar com tanta desgraça batendo em nossas portas?
Prisioneiros nos próprios lares, escolas, trabalhos...
Definitivamente o mundo está de cabeça para baixo, os valores se perdem nas esquinas da vida, os conceitos de virtudes são uma utopia, vivemos na era de uma geração destrutiva.
Contaminados de crueldade por todos os lados que se olha, de onde menos se espera, da forma que menos se imagina.
Crianças são atiradas de janelas como se fossem coisas, abandonadas em lixeiras, sarjetas, lagoas como objetos descartáveis, esganadas por mãos que deveriam proteger, massacradas sem piedade, assassinadas como animais no abate, envenenadas como ervas nocivas, queimadas como materiais tóxicos, violentadas e estupradas por monstros que se denominam seres humanos, humilhadas e subjugadas pelas mais diversas situações, onde tudo que esperam é carinho e acolhimento.
Todos os limites estão sendo ultrapassados, perdeu-se o respeito pela vida, compaixão, amor, crenças e todas essas virtudes que se luta para preservar em um ser humano.
A incredulidade se faz presente até que se prove o contrário.
Denunciar sempre, não feche os olhos, não tampe os ouvidos, não vire as costas, não se finja de desentendido, não aceite, não compactue de crimes que devastam milhões de vidas que dependem de nós.
Acorde, antes que seja tarde demais.
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sexta-feira, novembro 07, 2008

Então o que é ser DEMAIS???





















Pensar demais...
Querer demais...
Amar demais...
Odiar demais...
Sorrir demais...
Chorar demais...
Esperar demais...
Perguntar demais...
Sofrer demais...
Procurar demais...
Escolher demais...
Sonhar demais...
Buscar demais...
Desejar demais...
Fantasiar demais...
Mentir demais...
Esconder demais...
Preocupar demais...
Ignorar demais...
Cantar demais...
Dançar demais...
Cansar demais...
Gritar demais...
Exagerar demais...
Perturbar demais...
Esconder demais...
Comer demais...
Dormir demais...
Pedir demais...
Errar demais...
Criticar demais...
Julgar demais...
Trabalhar demais...
Beber demais...
Falar demais...
Ouvir demais...
Enxergar demais...
Insistir demais...
Voar demais...
Sentir demais...
Correr demais...
Doer demais...
Espiar demais...
Trocar demais...
Comprar demais...
Abusar demais...
Enlouquecer demais...
Brigar demais...
Tolerar demais...
Exigir demais...

Qual seria o limite entre o que se é ideal e o ser “demais”???
Existe um alarme que soa quando se ultrapassa essas barreiras???
As portas batem, quando se atravessa as fronteiras do demasiado???
Qual a ponte de partida e a hora da chegada???
Como se faz o equilíbrio das proporções???
E se acionar o “botão de auto-destruição”???
E quando se esgota as possibilidades???
Pode ser que tudo seja um “pequeno universo particular”,
ligeiramente surreal para uma simples compreensão.
O fato é que essas barreiras realmente existem no imaginário individual ou no coletivo,
Em alguma parte do caminho, nos deparamos com elas.
E aí, a escolha é o fator que determina todo o resto, você pode se esconder e até recuar, ou pode escolher ultrapassá-las mesmo que significa correr certos riscos, se deparar com o desconhecido pode ser bem interessante, a vista do outro lada pode definitivamente nos surpreender e nos trazer novas percepções, mas, a escolha é a chave de tudo, não basta desejar é imprescindível arriscar!






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sexta-feira, outubro 31, 2008

Simplesmente bruxas...





Quem disse que "BRUXAS" não existem??? Você tem certeza !?!?!?

Somos mulheres,
Louras, ruivas, morenas ou negras,
Somos grandes e somos pequenas;
Espertas, ligeiras, meninas faceiras;
Artistas, poetas, escritoras, dançarinas, loucas!!!
Temos forças ancestrais,
Somos modernas, antenadas com o mundo;
Amavéis, sinceras, amigas, decididas, impetuosas,
Somos rivais, e como todas, temos uma certa pitada de veneno na lingua...
Maliciosas, sexy, inteligentes quando o assunto é: SEDUÇÃO!
Enchergamos longe, muito mais longe do que qualquer simples mortal,
mais do que você possa imaginar...
Temos o que chamam por ai de: sexto sentido, o feeling.
E podem ter certeza, ele nunca erra!!!
Somos guerreiras, sonhadoras e justas.
Carregamos a doçura na alma, mas sabemos ser amargas se assim for necessário.
Colocamos na vida um pequeno toque de "magia", para que tudo a nossa volta se torne mais fascinante e bonito aos olhos de quem nos rodeiam.
Somos irmãs unidas pelo sentimento mais forte, mas poderoso e mais genuíno que existe: o Amor.
Enfim...
Somos Bruxas, vivendo no meio de todos, comuns, passamos despercebidas pela maioria,
levando nosso dia-a-dia como qualquer mulher normal mas, com um pequeno toque que faz toda diferença que vai..."da magia a sedução"!!!

***


* just a little patience, yeah...





E ontem no Show da Paula Toller, ela cantando “Patience” é indescritível!Nem vou falar da minha paixão por essa canção, nem de como fico eufórica quando escuto os Guns n' Roses cantando, e quando achei que a música não poderia mais me emocionar, eis que um silêncio impressionante se instala logo após a histeria do início dos acordes.
Um silêncio quase que celestial, senti comos e estivessem apenas nós dois, meu amore e eu, pretensão sim, parecia que ela cantava exclusivamente para cada um que ali estava.
Me apaixonei de novo! Por ela, pelo meu amor, pela vida e seus mistérios e pela sensibilidade com que ela cantou...
Tá bom, que eu amo Oito anos, E o mundo não se acabou, A noite sonhei contigo, Meu amor se mudou pra Lua, entre muitas outras, mas vamos combinar que ela manda muito bem no Patience!
A voz segura, feminina, aveludada deu um “Up” na melodia...
O bem da verdade, é que até sonhei com a música, o significado dela é bem forte e faz um sentido único em minha vida, muitas vezes me peguei respirando fundo, engolindo as emoções, enxugando as lágrimas, erguendo a cabeça e repetindo a mim mesma :

(...) “Little patience, mm, yeah, mm, yeah
need a little patience, yeah...
just a little patience, yeah...
some more patience, yeah (...) ”

Isso é o que levo comigo, sempre que as paredes ruírem, o céu desabar, a luz no final do túnel parecer apenas uma ilusão, ‘just a little patience’, que o tempo cuida de tudo, se encarrega de colocar as coisas no lugar, e quando menos esperamos os vagões retornam aos trilhos...



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quinta-feira, outubro 30, 2008

Sobreviver nesse Calor Infernal!!!!!!!!




Ai céussssss!!!!
Preciso sobreviver a isso...
Que Calor é esse???
É de matar ou será de morrer???
E olha que ainda estamos na primavera! Afff!!!
As estações entraram em colapso e se confundiram todas.
Depois perguntam porque gosto de inverno, o que de fato também está virando uma lenda, já que nem meus casacos, polainas, e cachecóis tirei do armário este ano.. Hunf!!!
Sinto-me, em um caldeirão que está sendo meticulosamente preparado,
como que naqueles rituais que não tem hora prévia para acabar.
E mais uma noite sem dormir....
Já está se tornando rotina, uma árdua rotina, agora não é apenas a insônia que teima em me fazer companhia, essas ondas abomináveis de calor também andam me atormentando.
Que ventilador que nada, ar condicionado? Isso funciona?
Porque sinceramente não tem me adiantado de nada.
Passo horas me enxugando, ingerindo litros e mais litros de líquidos que afinal é a única coisa que meu organismo pede com veemência.
Queria mesmo me mudar para o banheiro, já que a quantidade de banhos triplicou, a maratona começa na madrugada, quando agoniada não encontro solução, e vou eu lá correr para o chuveiro na tentativa desesperada de pelo menos ele me aliviar um pouco.
Aiii delícia, me sinto fresquinha, limpinha, cheirosa!
Nem bem me enxugo, e cruzo o corredor em direção ao quarto, e pronto, já estou pingando...
Todas minhas moléculas estão revoltadas, é calor demais!
Infernal!
Parece que já estou crucificada e fui enviada direto para o inferno sem escalas no purgatório, para pagar meus pecados!
A camada de ozônio está em falência, esse raio de efeito estufa estragou tudo!
Horário de verão? Eu prefiro nem mencionar minha insatisfação, arruinou minha rotina, meus hábitos, minha pele, minha disposição, roubou minhas horas, meu tempo, meu bom humor...
Arghhhh!!!
Nem dá pra sair de casa, antes ou depois do sol, essa é a melhor solução, ótimo na teoria mas, bem diferente na prática.
Acho que vou raspar a cabeça, assim minha nuca não encharca molhando minhas costas!
Minha pressão agora oscila entre 8/10, as quedas bruscas são constantes, acho que vou tomar um sorvete para aliviar.
Falando em sorvetes, hum, tenho pensado seriamente em mudar o cardápio; será sorvete de madrugada, no café da manhã, no almoço, no lanche, no jantar! Geladinho...
A minha balança vai agradecer né e meu professor me trucidar!
Afffff!!!!!
Na rua é uma loucura, as pessoas se espremendo na tentativa de encontrar um pedacinho de sombra, dormir com a janela aberta, nem pensar! Com minha sorte, algum bicho exótico vem me visitar, dentro do carro é um horror, no supermercado um empurra-empurra, no trabalho um tal de beber água e lavar o rosto que só vendo, nos passeios, a maquiagem vai escorrendo e borrando pelo caminho...
Aaiiiiii, queria fica pelada 24 horas!
Estou é desintegrando...
Todas as roupas sintéticas ou orgânicas tornam-se um tremendo incômodo!
O meu termômetro já está pra lá dos 41 graus!
A transmissão do meu fluxo de calor entrou em choque com meus átomos, uma briga boa para ver quem sobrevive, minha energia térmica tem superado as expectativas!
Na tentativa de espantar o calor, praia, piscina são uma boa opção,
até a página 20, quando empolgadíssima resolvo pegar aquela corzinha.
Bronzear?
Conclusão...
A situação piora consideravelmente, agora além das ondas intermináveis de calor, e olha que estou bem longe da menopausa, sofro com a sensação de queimada, ah coisa boa hein, pareço uma broa que foi esquecida no forno e passou do ponto, detalhe de um lado mais bem passado do que o outro!
O bronze? Ou será vermelhidão? Efeito camarão?
Protetor solar amigo inseparável, mas com a sorte que tenho, minha brancura é tão intensa que nem o fator 50 está adiantando.
Sim, sim, fazendo uso daquele ditadinho medíocre: “O sol nasceu para todos”(claro que a intenção é outro sentido), tô querendo é muita sombra para me refrescar desse vulcão que parece estar prestes a eclodir!
Pode até soar insano, mas se tivesse o poder de mudar de cenário, estaria em um lugarzinho delicioso, com um frio aconchegante, nevando de preferência, tomando chocolate quente e comendo um fondue...( Sonho de consumo atualmente)...
Zzzzzzzzzzzz.......
Mas, voltando para a minha realidade, respirar fundo para próxima conta de energia, e ir improvisando algumas técnicas para me refrescar desse turbilhão e fazer muita meditação para equilibrar as energias...



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Pufff...Puffff....

sábado, outubro 25, 2008

TEMPO : preciso de mais tempo!




Tenho me sentido imensamente cansada...
Sinto que estou sem tempo. O bem da verdade é sem tempo para tudo, pelo menos tudo que eu gostaria de fazer.Um tempo pra fazer minhas coisas, não que não às tenha feito,
Mas, com certeza não da maneira que eu gostaria...
Tempo para fica á toa, tempo para não fazer nada, quanto tempo não faço isso!
Tempo, para fazer o que eu costumava fazer
e hoje vejo tudo como se fosse um "luxo"...
E o tempo talvez seja isso, a plenitude e o desespero de acertar o compasso exato.
Tempo para ficar deitada sem as preocupações de agora, tempo para planejar o futuro sem tanta ansiedade, tempo para decidir casar e ter filhos sem o relógio biológico estar apitando, tempo para não ter que organizar meu dia, tempo para não precisar cumprir prazos e metas de projetos, tempo para não olhar no relógio, tempo para preparar festas e os cafés-da-manhã de domingo, tempo para andar de bicicleta, tempo para fofocar com as amigas sem pressa de desligar, tempo para passear com meu cachorro, tempo para brincar de stop, jogar banco imobiliário, tempo para ficar o dia todo na cozinha fazendo receitas “inventando moda” como meus pais costumam dizer, tempo para assistir TV, tempo para ver meus vídeos e músicas favoritos, tempo para passear na praça e tomar aquele sorvetão de andares, tempo para visitar alguém especial, tempo para bater pernas sem hora para retornar, tempo para tomar banho com calma, tempo para arrumar e assumir compromissos e não ter que me dividir em mil para realizar todos com sucesso, tempo para olhar o nada, tempo para admirar as paisagens, tempo para não me preocupar com a aparência, tempo para ler todos os livros que comprei e ainda não passei das primeiras páginas, tempo para dar atenção que eu costumava dispensar antigamente, tempo para tomar sol, sentir a chuva, ver as estrelas e esperar o pôr-do-sol...
Quem sabe o tempo esteja passando rápido demais e eu não tenha me dado conta, e novos tempos chegarão e outros ainda virão...
Só queria mais tempo, para fazer tudo e nada...
Então, vou me encontrando aos poucos nesse tumulto de acontecimentos,
que nem o tempo me deixa resolver...

I need of time for me ... come back my world ...


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terça-feira, setembro 23, 2008

Descobrindo você em mim...




Fiquei me perguntando da mesma forma que todos perguntam como pode 10 anos carregar a intensidade de 20?
Estava tentando entender, com meus botões, afundada nos travesseiros, como fazemos dar certo?
Ah, puxa, eu era uma garotinha mimada como você costumava dizer, que ainda brincava de Barbie, e usava aquele batom desastroso.
Ainda hoje, me peguei rindo sozinha feita uma bobalhona, mas sabe o que é, você veio com o pacote completo, eu é que tenho defeito de fabricação!
Santo Deus, como você faz isso? Como é que consegue paralisar meus sentidos desse jeito? Não tinha que ser eu que lançaria o feitiço?
Afinal, eu é que sei mexer o nariz!
Eu gosto até do seu mau humor, irritantemente isso fascina.
Você acordando é um charme, com sono uma gracinha.
Preciso parar de pensar em você, senão terá que me aturar pelos próximos 50 anos.
O jeito como você levanta a sobrancelha é uma coisa!
Indo ou vindo, você me tira o fôlego.
Faz favor de parar, você é um absurdo!
Me chama a atenção no meio de qualquer multidão.
Até mesmo quando eu emburro, não quero conversa, faço bico, fecho a cara, balanço os pés em sinal de protesto, você tem esse dom de acalmar minha agitação, consegue me dobrar ao meio, e faz com que eu me desmanche toda.
Você é assim, uma coisa viciante, um delírio constante.
Quando chega traz euforia, quando vai deixa gostinho de quero mais.
Se a gente combina?
Quem foi que disse que precisa combinar para dar certo?
Combinar demais perde a graça, fica insosso, inodoro, incolor, indolor, pouco estimulante.
Eu prefiro o “se completar”, o que tem de sobra em mim completa o que falta você, o que carece em mim recebo de você.
E daí? O que isso importa?
Faz aquela carinha de pidão, me deixa mole de paixão, que eu deixo você roubar meu coração, mas tenho a sensação que já se apoderou disso e muito mais.
Sabe aquele lance de você dançar, desajeitado e sem proporção de espaço?
Eu gosto disso também. Aquele jeito de desentendido para conquistar minha aprovação, sempre funciona não é mesmo, como você faz isso?
Esse negócio de se apaixonar fica cada dia mais interessante, eu adoro
essa brincadeira de se gostar.
Essa cara de abobada é exclusiva para você.
Até naqueles dias mais tediosos e sem graça você me arranca suspiros.
Eu estou é mal acostumada, amor demais engorda, me ajuda a manter a forma,
E você diz que sou linda de qualquer maneira, mas é porque não sabe que você é maravilhoso até dos avessos.
Eu penso até que você é cego, por me enxergar de um jeito único, surdo por me ouvir demasiado sem se aborrecer, e dissimulado por me fazer enlouquecer.
Tá bom, eu que sou a chata dessa relação, a complicada e temperamental, quando faço o papel de mãe, me afundo nos livros, vejo filmes melosos, sou um porre contrariada, desmonto vitrines das lojas e faço você carregar os pacotes, com a mania de organização ou controlando a situação, minhas críticas são duras, consigo ser implacável, sempre quero ter razão e até hesito em tirar os pés do chão.
O que compete a você é a melhor parte, quando dou por mim, você dominou geral,
discretamente me puxa as orelhas, me pega no colo, rodopia meus sentidos e me faz viajar.
Sabe como conquistar e quando recuar.
Arranca as mais escandalosas gargalhadas, e se não tem graça, você ri das minhas risadas, no final das contas, nem sabemos porque estamos comemorando, tudo vira de repente assim uma festa!
Como você sabe ser rabugento, adoro esse tom de voz ameaçador que logo se transforma em doçura pura.
Você não corre da chuva, quando vê água parece criança, você é o meu “Beixe-Poi”.
Somos uma dupla e tanto, um mais atrapalhado e desastrado que o outro, fica impossível competir conosco.
Na cozinha somos uma comédia, no supermercado uma gozação, derrubamos mais coisas fora das prateleiras do que no carrinho.
Você é o “Panda” que eu sempre quis de presente, me protege do frio e me defende dos predadores, tem aquela idéia fixa que tanto acho espirituoso de que não aprendi a me defender.
Descobriu uma fórmula de ler meus pensamentos, e a forma como termina as minhas frases me deixa com aquele gostinho de “ser especial” e encabulada.
Um dia com certeza ganhará o troféu de mais paciente de todos os seres, consegue a difícil façanha de driblar todas as minhas TPM’s e esperar eu me arrumar.
Me irrita, me tira do sério, faz cócegas nos meus pés, desmancha meus cabelos, aperta meu nariz, imita meus chiliques, diverte-se com minhas neuras, eu juro que deixo, só para depois poder ver aquela cara que você sempre faz.
Se esconde embaixo das almofadas, e me olha daquela forma que me vira de cabeça para baixo.
Você é tão delicioso que ás vezes dá vontade de arrancar um pedaço!
Não sei direito quanto de você cabe em mim, isso até me surpreende, porque cada vez mais quero sentir você, cheirar você, comer você, beber você, engolir você, para poder respirar você.
Ainda que esteja desarrumado, você consegue ser o homem mais lindo do meu mundo.
E nós somos isso, o conjunto efeito do momento, os opostos que deram certo, o tsunami que inunda tudo e você a calmaria que se instala.
Essa voz rouca e pouco amistosa aciona meu botão principal, que frio na barriga que dá.
Os absurdos que só nós sabemos falar, essa imaginação tão fértil que brota de nossas mentes insanas.
Sou o fogo que arde de tanto que sei ser geniosa e você aquela água que vem trazer a serenidade. E nessa gangorra de personalidade, descobrimos como manter o equilíbrio, estabilizar os pesos dessa balança tornou-se um desafio satisfatório, essa troca é o ápice de tudo isso.
Isso é porque você me faz feliz, muito além do que sempre quis, acima do que imaginei.
Mesmo quando as cores somem e fica tudo meio cinza, você vem pintar meus dias com a tonalidade da sua alegria.
Pode me levar para onde quiser, de olhos fechados eu aprendi a te amar, se tropeçar, me segure pela cintura, para eu ter a certeza que vale a pena continuar.
Eu só sei que nada sei, afinal, venho descobrindo pouco a pouco, e algumas vezes me pego buscando você nos lugares mais longínquos, minha cabeça pirou, meu coração até se rendeu, me fez perder aquele medo de antes, já posso até baixar a guarda, eu descubro você todos os dias em cada pedacinho do meu ser.
Podemos fazer de conta que começamos agora, a emoção tá fresquinha, a magia ainda nos faz companhia.
Agora olha para ver o quanto de você está em mim e quanto de mim há em você.
Ai, eu percebo, que o tempo passou e de garota mimada tornei-me mulher mal acostumada, quero mais e mais, sempre é bom ter overdose de você.
Pensem o que cada um quiser, nós fazemos a coisa funcionar.
E quando perguntarem qual é o segredo da felicidade, vamos dizer que o segredo é que não há segredo, não se preocupar em dar certo, deixar fluir naturalmente, cultivar a paixão todos os momentos do dia, e se embriagar de amor no final da noite.



;)

quarta-feira, setembro 17, 2008

Um dia para não se lembrar ...




Piii pi pi piiiiiiiiiiiiiiiii......
Eu abro os olhos e o despertador esgoelando!!!
Ai céus! Que noite foi essa?
Não preguei os olhos, me revirei de todos os lados, até o lençol fugiu da cama,
os travesseiros espalhados pelo chão, descreviam meu sofrimento.
Levantei foi dos avessos, com o humor amarrotado.
Hoje vai ser um dia daqueles!
As olheiras denunciam o tamanho do meu desespero.
O chuveiro queimou, e as torradas foram pelo mesmo caminho.
Quebrei o vidro do meu perfume favorito, e ainda prendi o dedo na gaveta do armário na tentativa de segurar a xícara que se espatifou no chão.
Pisei na pata do meu cachorro, meu bom dia saia com sonoridade amarga para quem ouvia.
O carro não pegava, afff! Atrasada!
Tô irritada, mau humorada, stressada, chateada, acabada, exaltada.
Tô com o pé quebrado, dolorida, desapontada e com a cabeça estourando...
Meu bolo abaixou, o suflê desandou, quebrei a última unha que estava inteira.
O dia foi um tormento de proporções desastrosas.
Acho que fiquei daltônica.
O telefone não parou de tocar, acabou a bateria do meu celular!
Ai, quero sumir!
Ninguém me dirija a palavra, erra a minha direção, por favor, porque hoje não respondo por mim.
Distribui grosserias, fui desatenta e rabugenta.
Preciso de uma trégua, e não sei pra que lado correr.
Como se as paredes me espremessem ao meio, falta ar aqui, falta o meu chão.
Estou insuportável e afastando o menor sinal de vida que ouse se aproximar da minha pessoa.
Arghhhhh........
Preciso de um banho, de achar uma posição cômoda para ficar, já que meu pé resolveu dar sinal de existência durante ás 24 horas do dia. Que dor, quero morrer!
Estou no inferno astral, não talvez seja apenas um dia atípico e vai passar.
Que ironia, dediquei todas as horas do meu dia a reclamar e meu fígado produziu bile com auto teor de fel além do habitual, cuspi marimbondos para todos os lados.
Em recompensa pelo meu “exemplar comportamento e estado de espírito”, minha mãe me deu uma blusa de presente com um doce sorriso nos lábios, meu namorado me trouxe chocolate e disse o quanto me amava, meu pai me fez suco de laranja me afagando a cabeça e ajeitando o travesseiro no meu pé, meu irmão colocou no meu programa favorito, minha amiga mandou mensagem dizendo que estava com saudades e meu cachorro pulou em meu colo com carinha de pidão.
Eu preciso descansar, quero dormir, não vejo a hora desse dia se esgotar.
23:37 – quando achei que mais nada me aconteceria, quebro mais um copo para completar o meu dia, acho que isso finda essa nuvem carregada, meu estômago se revira como se estivesse em protesto.
Balanço do dia: Fui egoísta, magoei pessoas, estúpida e impaciente com quem pude ser, confundi sinceridade com falta de educação, extrapolei.
Contaminada de pensamentos nenhum pouco estimulantes, energias desagradáveis.
Não me orgulho nada disso.
Apenas sou “Humana, demasiada humana!” (como se isso me servisse de consolo).
Vou para a cama o mais rápido possível, antes que profira mais absurdos e indelicadezas, me sinto culpada demais para argumentar e consertar as coisas hoje, fiz o papel na medida da própria “Cruela cruel”.
Então já chega, vou colocar essa “monstra” para dormir e despertar quem eu gosto de ser. Eu sai um pouco fora dos trilhos e amanhã será outro dia!


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