quarta-feira, janeiro 30, 2008

Um Lapso...



Estava tudo tão escuro....
O silêncio assombrava da mesma forma que a presença dos meus fantasmas,
E eu imóvel, entorpecida por uma sensação de inquietude que
desconcertava meus sentidos
Respiração curta e ofegante, olhar vagando ao longe,
os pensamentos tinham vontade própria,
tentei expulsá-los como numa tentativa de me resguardar do que eu
mesmo não queria sentir
percebi a inutilidade desses ensaios
Isso vai além de mim,
além do que busco
além do que se espera
além daquela colina que podia se avistar como que um quadro estático que apenas compunha o cenário de nostalgia no qual meu ser se encontrava
A única melodia presente era o encontro das lágrimas que rolavam pelo rosto e despencavam no solo, tão facilmente arrancadas e carregadas de melancolia
Que se desfaziam feito minha alma
Continuei ali,
Algumas horas se foram
Era como se tivesse vivido mil dias em poucas horas
O peso do cansaço e do sofrimento me deixaram adormecer
No sonho
Áh aquele sonho,
Era tão perturbador quanto a própria realidade
Ficar ou correr dele?
Preferia fugir de mim
Melhor não estar aqui
Melhor no questionar o inevitável
Aquelas folhas secas que caíram
Foram o motivo do meu despertar
Abri os olhos e a luz era tão intensa
Que não só ofuscou minha visão como também meu coração
Não podia ser daquele jeito,
Era tudo tão perfeito demais
E o problema estava comigo em não enxergar
Um lapso de hesitação foi tudo o que aconteceu
E aquele momento de mergulho profundo
Devolveu o brilho de tudo!



* Uma música (Dimming of the day) *

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